martes, 30 de marzo de 2010

"Estamos com fome de amor..."

Estamos com fome de amor...
(JORNAL O DIA! Arnaldo Jabor)

O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!

Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalisticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

domingo, 28 de marzo de 2010

Venjar o no venjar

És el que es planteja l'Electra de Sòfocles en la tragèdia grega recentment arribada a la sala "petita" del Teatre Nacional de Catalunya. Perquè, tu què faries, si la teva mare ordenés matar el teu pare, rei de Micenes? Si fossis la germana d'Electra, optaries per l'opció més prudent, malgrat el patiment. Si fossis Electra, però, qualificaries de covarda qualsevol paraula que anés en contra de la venjança en honor de la veritat i del teu cognom. Viuries el teu dol per respecte a qui t'ha engendrat i arrossegaries, malgrat tot i tots, una tristesa infinita, per justícia. Així ho va predir l'oracle d'Apolo, que observa l'escena des d'un racó, com si fos una estàtua de sal omniscient. Avui, el vertader culpable de tot aquest enrenou no és Sòfocles, sino el seu còmplice, Oriol Broggi, i tot l'equip participant. Si 'Antígona' us va deixar sense alè, amb Electra us quedareu bocabadats (música ètnica de fons). Fins al 25/04.
by Carmen
Publicat a http://eldema.cat

miércoles, 24 de marzo de 2010

Preguntes

"Vagis on vagis, sempre hi haurà algú que et farà tocar de peus a terra, i tu no sabràs si donar-li les gràcies o llençar-lo per la finestra. Et faran dubtar, però recorda que si no aixeques mai els peus de terra se t'hi faran arrels: ja saps què li va passar a l'amic del Petit Príncep amb els baobabs... O sigui que continua somiant, pensant, imaginant i volant, perquè algun dia tu i jo canviarem el món. T'ho prometo".
La veritat és que no sé on tinc els peus, últimament. Ni el cap ni els peus. Aviam què hi diu el Petit Príncep... potser sigui allà on trobarem algunes de les respostes necessàries a tanta incertesa (serà l'edat).
Ara que hi penso, però: no serà que la vertadera aventura rau en enlairar-se en les preguntes? Sigui com sigui, no tenim una altra opció, ara per ara.
O sí? O no?

domingo, 21 de marzo de 2010

Corto-cuentos (I)

Corto-cuentos se inaugura hoy y no sé cuándo acabará, pero si cómo: (véase final tras final)

Disculpe, señorita, ¿puede hablar con mi marido?

-Disculpe, señorita, ¿puede hablar con mi marido?
Me despertó de repente. La mujer colombiana o cubana o venezolana que se sentaba a mi lado en el tren aquella mañana necesitaba una sola cosa de mí: las palabras.
-Es mi marido. Dígale por favor que es mi amiga, que vamos al mercadillo de Sabadell y luego a trabajar. Dígale, por favor.
No me lo decía triste, sino risueña y con ojos saltones, aunque asomaba detrás de su sonrisa una suerte de miedo disimulado,
- Grasias, grasias.
Al otro lado del teléfono estaba su marido, poniéndome a prueba. Le di mi nombre, mi edad, y mentí con gran orgullo porque intuía que era una buena causa, una cuestión de dignidad de aquella mujer bien arreglada, ojos marrones, párpados verdes, cuerpo corpulento pero proporcionado y lleno de fuerza, labios fucsia latino pasión.
- Grasias, grasias -me susurraba entre risitas cómplices.
Le devolví el teléfono (celular) y le miré pidiéndole una explicación: después de haber sido partícipe de un engaño semejante me sentía con pleno derecho de inmiscuirme en su intimidad, aunque hubiera respetado cualquier tipo de evasiva (qué remedio). Tímida respondió, mirándome sincera y a la vez esquivándome la mirada:
- Voy para Barcelona. Tengo allá a mi amiga. Acabo de salir de casa porque él acaba de llegar de estar toda la noche en el baile. Salí escondida para que no me viera (se ríe, no sé si por miedo, por nerviosismo o porque sí). Yo también quiero salir, tú sabes, yo no me quiero quedar en casa. Encima él quiere que yo esté en casa cuando él llegue. Me dice que esté en casa cuando él llegue porque no quiere estar solo. Pero yo quiero salir (se ríe).
- Muy bien hecho -le digo-, claro que sí...
Tras devolvernos otra mirada de complicidad (sólo las miradas femeninas pueden entenderlas) se hizo un pequeño silencio. Ella miró hacia el suelo mientras acariciaba sus anillos en un gesto auto-relajante.
No dijimos nada más.
Bueno, sí. Al levantarme, le remarqué que recordara que su amiga se llamaba Carmen, y que tenía 25 años. Me guiñó el párpado verde y me agarró la mano con fuerza:
- Grasias, grasias.
Siempre he confiado en la bondad de los desconocidos.

miércoles, 17 de marzo de 2010

Neguit*

Faig transcripció en flashback de "El poble del costat" del poeta de carrer i no d'estar per casa Enric Casasses. A sant de què? A sant de Santa Ploma, Santa Escriptura i Santa Casualitat (totes femenines) que aquesta nit he arribat tard a la presentació d'un llibre d'algú que no coneixia i que parlava de la 'Xocolata desfeta' al carrer Petritxol i 103 coses més. L'Enric Casasses havia de ser, però no hi era (es veu que van dir que tenia mal de panxa tot i que també jugava el Barça, a la mateixa hora...). Jo també havia de ser i tampoc hi era, què hi farem (mentrestant, estava a casa d'un company de feina paquistanés que volia que conegués la seva dona, preciosa, la seva filla, encantadora però amb mala llet -com ha de ser-, i les seves deliciocitats culinàries). Encara que hagués volgut, no podria haver-me negat -cultura musulmana, antropòloga innocent-. El mateix li va passar aquella nit a en Casasses, segurament (amb el Barça, s'entén).

Després, així doncs, doncs l'he représ. He bufat la pols i ha sortit això:

"Les coses importants, o sigui, les que importen, a mi i a qui sigui, estan escrites a la closca de la tortuga, a les arrugues del seu coll i al gest delicat de les seues terribles ungles, i si no t'ho creus pregunta-l'hi, mira-te-la a la cara i pregunta-li, fa cara de serp, d`àguila de jo, i mira com mira, està VIVA". O sigui, que les coses importants són les que fan bategar el teu cor, com ha escrit i recitat el poeta de carrer Enric Casasses (de carrer, però no d'estar per casa, te'n recordes que t'ho he dit?).

Abans, a la 3a part, també va tararejar unes altres quantes coses, com:

"La vida és un elefant penjant d'un fil, no sé com s'aguanta".

"La fondària depèn de l'altura a què et situes".

"El futur és una nit sense lluna" (Aquesta, però, és d'un tal Claude Pélieu).

NONAT: "És que la bellesa només es pot sentir o viure en el moment? Sempre s'ha de sentir el que se sent, per ventura no s'ha de poder recordar, també?".

"serà com créixer: no cal decidir-ho".

"l'única llei serà la de cada instant".

"I plego d'escriure, que em toca recollir la merda del gos".

"Adéu, fins aviat, i no et descuidis de dir-li a l'esperança que no passi ànsia, que estem be".

"I fins i tot la bellesa està amagada darrere d'alguna mena de lluita".

"dóna'm la mà, ja sé que sempre demano però...dóna'm la mà".

"perquè els humans som un plat sempre a mig cuinar i s'ha d'anar remenant, que si no, què? La vida se sent borda si no té quelcom que la desborda. Som l'única espècie coneguda que bull els espàrrecs".

"La poesia és per a reconciliar en el vol d'una gavina les contradiccions dels dies(...)"I la música és per a ballar".

"Si no fos pel món teu de la fantasia no sabríem res de la realitat, no seríem ni un tros de suro, no hauríem sabut mai ni que algú va matar una mosca ni d´'on venen els nens".

*** (una pausa perquè cal, com a la vida, doncs aquí) ***


Interrogant obert, diu:
'Per què escric?', contesta: "Per poder pensar, per no passar per ull, perquè no sigui dit, per arribar al pot de la confitura, per compromís, perquè sí, per ressucitar els vius i els morts, per casualitat, per no perdre el fil, perquè estava escrit, per embolicar la troca, per elevar un misto cremat en homenatge a la universal estrella apàtrida catalana, per elevar la temperatura, per participar-hi, per fugir-ne, per quatre pessetes, perquè no tinc cua, perquè algú bé hi ha de possar la cara i dir-ho, perquè si no no sé qui som ni què representem, perquè em foten crits, perquè m'estimen, per renegar de tot i de tothom, perquè tires la pedra i qui sap on va, perquè no pot ser, per fer-te companyia, per ara, per tota una sèrie de circumstàncies que no cal explicar, perquè ni el bosc ni l'asfalt no esborrin el camí de casa, per una mena d'insatisfacció universal, perquè he vist reflectits en un vidre els dits d'un vell que ballaven un instant damunt la porta quan entrava al menjador, perquè t'hi fixis, perquè no es pot enterrar la veritat, per escriure't i perquè tu me n'ensenyes, mira: llamp, llet, llit, llot, llum".


Vull fugir. Vull que m'estimin. Vull llet, llit, llot, llum. Vull tornar a escriure

(potser perquè "al costat de casa hi ha el fons del mar).

*En realitat volia dir nostàlgia de mi-nostàlgia d'escriptures, "que aquell que es posa en qüestió ell mateix, ja es preocupa per la humanitat".
bona nit i fins una altra en la que no trobi la lluna -per si la té algú i me la vol prestar, ni que sigui una estoneta, per jugar al sofà-.

lunes, 15 de marzo de 2010

Horizontes

Carta de motivación

Leyendas humanas-. Cuenta la leyenda que hay un momento en la vida de toda mujer y de todo hombre en que se percibe la necesidad imperiosa de un cambio. Uno suele darse cuenta porque olvida las llaves de casa en la nevera, o cosas por el estilo (quien se sintió perdido alguna vez sabe de lo que hablo). Es entonces cuando uno tiene que tomar, sí o sí, cartas en el asunto para no perder su reputación –sea cual sea-.

Se abren entonces dos caminos, con lo que sólo hay dos opciones –llámenme radical-: a) seguir por la misma vereda y hacer caso omiso a lo que el corazón nos dicta, o b) tomar el desvío imaginado, soñado, proyectado.

Ni mujeres, ni hombres, ni Dioses, ni sabios, tuvieron nunca la respuesta definitiva a lo que uno tiene que hacer en estos casos.

Seguramente los soñadores insistirán en que se tome la senda desconocida y enigmática, aunque no sepamos muy bien adónde nos va a llevar; los más pragmáticos, sin embargo, nos recordarán aquel dicho que dice que ‘más vale bueno conocido que malo por conocer’, o sea, que más vale quedarse con el culo en la silla y el sueldo fijo a final de mes, se tenga la edad que se tenga, porque lo de soñar, como lo de decir la verdad, es cosa de niños o de locos, no vayamos a perder la cabeza.

Pues bien, no sé si por casualidad habrán reparado en algún momento que yo soy de aquellas personas que persiguen la verdad, o sea, que pierden la cabeza. Además, suele pasar que, tras largos periodos de reflexión, uno, efectivamente, tiende a hacer todo lo contrario de lo que en realidad había rumiado tantas noches, tantos trenes arriba y abajo, tantos paseos a solas por la Gran Ciudad. O sea, lo más insensato.

Lo que la leyenda nunca contó, aunque sí lo pregonaran algunos filósofos de la calle más de una y dos veces, es que algunos se encuentran solamente cuando se han perdido, cuando no saben cuál es el paso siguiente. De hecho, sólo son felices cuando no saben dónde estarán. Es cuestión de temperamentos: los hay organizados y los hay errantes, qué le vamos a hacer.

Espíritus periodistas-. Quiero ir a América Latina porque desde que pisé Bolivia en el verano de 2007 me di cuenta de que había algo allí que me hacía sentir, a pesar de la sensación de extrañeza, en mi propia piel. Quizá sea la calidez humana que allí se respiraba, la ausencia de gris, al que uno se acostumbra de tanto olerlo.

Si ya América Latina estaba en mi imagen mental como una gran tierra por explorar –hay quien sueña con Europa y hay quien sueña con América Latina-, después de aquel viaje de cooperación volví a la tierra que me vio nacer con un imán pegado al corazón, por eso creo que siempre querré volver. ¿Y por qué Ecuador? No lo sé, nunca había estado en mi cabeza, como tampoco lo estuvo Bolivia en su momento. Hasta que un día, apareció.

Me interesan la naturaleza, las personas, la humanidad y las manifestaciones culturales de éstas (cine, teatro, literatura, fotografía y música, especialmente), así como conocer el mundo y las diferencias y similitudes que le dan contenido y forma. Y creo precisamente que el periodismo es el mejor aliado para dar al mundo, a las personas que lo rellenan y a las relaciones que lo expanden y comprimen, contenido, y en el Nuevo Periodismo Iberoaméricano como el mejor método de acercamiento a la(s) realidad(es), más o menos subjetivas.

Así pues, creo en el periodismo como un antídoto contra la desidia, contra las fronteras injustificadas entre los demás y contra la pérdida de nuestra curiosidad innata. Hago periodismo, y quiero crecer como periodista, porque aun soy de aquellas personas utópicas que creen que el mundo puede o no ser mejor, pero no lo será nunca si no lo intentamos. Como dijo el uruguayo Eduardo Galeano,

"La utopía está en el horizonte. Me acerco dos pasos, ella se aleja dos pasos. Camino diez pasos y el horizonte se corre diez pasos más allá. ¿Para qué sirve la utopía? Para eso sirve: para caminar".

Llámenme insensata si quieren, pero las almas soñadoras nunca pudieron resistirse a los desvíos. O al menos, eso cuenta esta leyenda.
Nota: A pesar de ello, siembro dudas. También me gusta el viento de Barcelona cuando va a llegar la primavera, o cuando se lleva el invierno (por ejemplo)... Ay, el viento... Algunos decían: 'Dios dirá'. No, Dios no: el viento.

domingo, 14 de marzo de 2010

Sensibilitats casi primaverals

Hi ha gent que ha nascut per actuar i hi ha gent que ha nascut per pensar. Als segons, només ens queden dues opcions: passar-nos de cop i volta al costat pragmàtic de la vida i deixar-nos, com diuen (sense pensar) alguns, 'de tonteries', o bé acceptar la nostra naturalesa sempre incerta i dubtosa, però també feliç, i ser pensadors actius -que no màquines d'hiperactivitat productiva, tal com vol la gran ciutat d'avui dia.

Tota aquesta corrent de pensaments dispersos els ha inspirat un tren, o un diumenge a última hora en que hom torna al tren mirant-se a la finestra, però amb el cap en el no-res. Enmig de les meves divagacions, mentre passava pàgina a El País Setmanal sense que cap article em cridés especialment l'atenció, m'he trobat un reportatge d'aquests psicològics que m'he llegit de cap a peus. Tractava sobre la hipersensibilitat i els inconvenients que pot comportar-li a qualsevol persona en el dia a dia. Per sort, m'he trobat un paràgraf una mica més esperançador sobre els avantatges, escrit per la psicòloga Elaine Aron:

"Por su capacidad para captar matices y sutilezas que a los demás les pasan inadvertidos, los hipersensibles a menudo aportan a su trabajo y relaciones una buena dosis de visión y humanidad. Normalmente son conscientes, creativos y minuciosos, pero en una cultura agresiva, los valores de la cual son la dureza, la extraversión y la represión de las emociones más delicadas, pueden sentirse como ciudadanos de segunda clase. A veces se involucran tanto y captan con tanta intensidad el sentido de lo que sucede a su alrededor, que necesitan desconectar de su entorno en mayor medida que el resto de personas".

Després de llegir-ho, m'he quedat pensativa una estona i m'he adonat que tinc un excés de vida social que no em permet gaudir dels meus petits moments melancòlics (que alguns confonen amb excés de sensibilitat, fins i tot jo). Les conseqüències per a les persones la personalitat de les quals està tenyida d'aquest petit rastre nostàlgic, entre trist i feliçment vital, poden ser desastroses si no tenim aquests petits moments de recolliment on poder canalitzar les nostres inquietuds i/o essències hipersensibles, on campa alegrement el nostre jo més real, o millor dit, més nostre.



Però no és la primera vegada que en parlo, de la melancolia. Gràcies a la (hiper)sensibilitat escrita, però, demà serà un altre dia -potser, fins i tot, més actiu.

domingo, 7 de marzo de 2010

I ara, l'Akademia Teatre

Doncs si. I en plena crisi. Barcelona està que trina amb els nous teatres. Major afluència de públic? Augment del número de creacions/creadors? Més pressupost? No ho sé. Jo només he sentit dir que en els moments i països més 'crítics' és on sorgeix un art més autèntic i més creatiu. El cas és que és el cas. Ara fa poc parlàvem del nou Almeria Teatre de Gràcia. Ara fa menys, a l'esquerra de l'Eixample, comença a caminar el Teatre Akademia, amb la 'k' capgirada suposo que per mostrar al mirall companyies teatrals que fugen d'estudi quan senten a parlar de mercat. La resta ja us la podeu imaginar. De moment, feu-ne un tast: teniu temps de retornar a la tragèdia grega del gran savi Sòfocles fins al 31 de març. Fins aleshores, 'Electra' us estarà esperant.
by Carmen
Publicat a http://eldema.cat

jueves, 4 de marzo de 2010

Febrero, casi un exabrupto

Apunte del mes de febrero
JOSEP MARIA Espinàs
Solemos decir que el tiempo pasa muy deprisa. Ya solo nos faltaba que el mes de febrero terminara antes que los demás. Íbamos tirando tranquilamente y de repente nos encontramos con que ya estamos en el mes de marzo.
Ya sé que quien trabaja y cobra por meses pensará que febrero es una ganga, y que ojalá todos los meses fueran igual de cortos. Sin duda, febrero es el mejor pagado de todo el año. Pero si dejamos a un lado el aspecto económico, la precipitada finalización de febrero puede tener un cierto impacto psicológico. A menudo decimos que el tiempo pasa tan rápidamente que no nos damos cuenta, y la llegada prematura del primer día de marzo es como una de esas pequeñas bofetadas que nos hacen conscientes de la realidad.
El nombre del mes proviene de la palabra del latín fabrarius, que equivale a purificación. No sé qué tipo de purificación deberíamos haber hecho en estos últimos días. Me atrevería a decir que más bien hemos actuado como si febrero viniera de fiebre. Pero resulta que, para mucha gente, todos los días del año son febriles, excitados, agitados. Por eso el tiempo pasa tan rápidamente. Quizá la excepcional brevedad de febrero podría ayudarnos a entender la brevedad del tiempo humano, si puedo decirlo así.
Hay un tiempo histórico, continuo, regular, que tiene un paso perfectamente medible. Curiosamente, es un invento de nuestra especie, que se concreta en los calendarios. No sé si existe la expresión «tiempo astronómico», pero podría servir por contraste. Por el contrario, nuestro tiempo, el particular de cada cual, el del día a día, es descontrolado. A veces avanza al paso lento de la tortuga; a veces, al paso rápido de la liebre. El tiempo personal es arrítmico. Decimos que hay días que no acaban de pasar nunca, porque nos resultan pesados y desagradables, y días que «pasan volando».
¿Podemos modificar el rígido paso del tiempo? Lo hemos intentado mediante el lenguaje. Por ejemplo, con la expresión tiempo muerto, que se aplica a ciertos deportes de equipo cuando el juego queda interrumpido por decisión de un árbitro o del entrenador de un equipo. Pero resulta que ese tiempo sigue pasando muy vivo, con frecuencia medido por un cronómetro.
Para mí, la expresión más sugerente es hacer tiempo. La utilizamos para indicar que estamos dispuestos a esperar que pase algo. Mientras esto no ocurra, haremos tiempo. Fabricaremos paciencia. Que es el arte de vivir el tiempo.